No cerne do Tocantins, onde o sol e a lua dançam,
Ergue-se um pequizeiro, rei das terras que abraça.
Guardião de saberes, e das memórias que avançam,
Folhas e frutos, segredos que o tempo não deslaça.
Os seus galhos, braços abertos para o céu vasto,
São como versos verdes, escritos no ar em caligrafia.
O pequizeiro, poeta de casca dura e coração casto,
Transforma em aroma a história de nossa geografia.
Seus frutos, como jóias, adornam a copa imponente,
E na cozinha tocantinense, são estrelas da culinária.
Pequi, ouro do cerrado, nas mãos do povo é semente
Que viaja por pratos e prosas, numa jornada milenária.
Ah, pequizeiro! Tua estatura é o poema do chão,
És ícone de uma terra onde a alma e o fruto se fundem.
Nas paisagens do Tocantins, és letra e és canção,
Um símbolo vivo, onde terra, gente e história se unem.
Em cada galho teu, a herança de um povo a cantar,
Em cada fruto teu, a esperança que faz a terra sonhar.