segunda-feira, 14 de abril de 2014

O dia em que Araguaína me acolheu

Fonte da foto: @nossaaraguaina 

Na estação de Araguaína, abril derramava luz,  

E o poeta chegou, carregando versos e uma cruz.  

O ar era de terra e céu, de Cerrado e de sonho,  

Um novo capítulo em folhas de papel rústico e tristonho.


As rodas do ônibus gritaram no asfalto,  

Como o primeiro verso de um poema sem salto.  

Lá estava ele, com a mala pesada de rimas,  

Procurando o endereço onde plantaria suas primas.


O calor tocantinense abraçou sua pele,  

E na feira da cidade, ele viu a cena que repele.  

Mangas e jatobás, frutos do chão que agora é seu,  

O mercado, um poema, que ao olhar seu, cresceu.


Pelos corredores da UFT, andou em busca de saber,  

Mas as melhores lições, ele sabia, vinham do viver.  

Nas salas de aula e nos bares, versos ele espalhava,  

Em cada encontro e copo, uma estrofe ele talhava.


Abril se despediu, mas o poeta ficou,  

Em Araguaína, uma raiz que ele lançou.  

Na terra do Tocantins, entre o real e o abstrato,  

Ele se tornou parte da paisagem, e isso é um fato.


Em abril de 2014, Araguaína ganhou mais do que um homem,  

Ganhou versos e rimas, ganhou um novo idioma.  

E sempre que abril retorna, com seu calor e sua brisa,  

Celebra-se o dia que trouxe o poeta, uma data precisa.

Gratidão ao Programa Em Paz

Em um espaço de ouvir e aprender, Corações abertos, prontos a entender. Supervisão que guia, acolhe e reflete, Um farol que ilumina o ca...