Desde a tenra infância, uma estrela no sul brilhava,
Um sonho austral, no meu horizonte se desenhava.
No imaginário infantil, as serras e os campos se estendiam,
E eu sabia, de alguma forma, que um dia eu iria.
Nas páginas de geografia, em mapas e em contos,
O sul era meu El Dorado, de paisagens e encantos.
Mas o que é um sonho, senão um desejo não planejado?
E assim, com régua e compasso, meu curso foi determinado.
Em cadernos e planilhas, a rota foi sendo escrita,
Cada detalhe, cada cidade, cada estrada e cada dita.
E como no jogo da vida, onde o acaso e o destino se entrelaçam,
Os planos são a rede, onde os sonhos não se despedaçam.
E então, a jornada se fez, com esposa ao lado, a compartilhar,
As paisagens deslumbrantes, o frio, a chuva, o ar.
Mas nada disso teria sido, sem o planejamento a guiar,
Sem os mapas da intenção, sem um norte para ancorar.
Planejar é mais que um ato, é uma filosofia de ser,
É entender que a vida é um rio, que não cessa de correr.
E com cada plano bem traçado, cada sonho bem pensado,
A jornada se torna rica, cada passo é celebrado.