terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Cansaços e descansaços


É dia todo dia antes do dia ser dia 

O levantar de ontem para hoje é... 

Sete dias por semana, quatro semanas, 

Um mês e mais um dia, agonia e fé... 

Anda e canta e coração dança como quer. 

É a chuva é o sol é o vento é farol 

É o levantar de ontem é o pôr do sol 

Nada, nada é como uma noite sem mulher. 

Todo correr é prazer e tem corpo cansado 

Suja roupa, sua roupa, sem suor é sossego 

Anda atoa e perdoa pois com amor é chamego 

Todo prazer sem amor tem coração fadigado 

Transpirar sem respirar, sem cansar sem amar 

Eleva e é leve, leva horas sem demoras a voar 

Sempre ao fim do dia em sua casa adormecerá 

Só a alma só a calma vem em sonhos e assim sempre será.







* Anteriormente publicado no no extinto blogue de poemas pessoa do autor foxpoe.blogspot.com. Informação dada pelo autor. Publicado no Caderno Revista 7faces – Gutemberg Fox p. 56

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Aqua

 


Eram só pré-palavras, pré-nadadas ensaiadas
Eram n'água anáguas que lavava e suspirava
Eram nada as palavras lavadas do que pescava
O nada era nada quando nadar nada soava
Mas o nada se faz tudo
sem enxergar a mágoa
Como era coração puro
com amor na tábua
Aqua lava aqua cura
Aqua limpa aqua escura
Com ou sem amor nada se perdura, nada, nada













* Anteriormente publicado no no extinto blogue de poemas pessoa do autor foxpoe.blogspot.com. Informação dada pelo autor. Publicado no Caderno Revista 7faces – Gutemberg Fox p. 55

quarta-feira, 26 de outubro de 1983

Outubro e Eu: O Prelúdio de 1983 em Verso e Tinta



No dia vinte e seis, quando o ano marcava oitenta e três,  

Outubro trouxe o vento, e com ele, o prenúncio de uma tez.  

Num mundo já complexo, onde a tecnologia fazia suas preces,  

Nascia eu, uma estrela nova, e o universo pôs-se de vez.


O sol de outubro, dourando as folhas em sua queda,  

Seria o mesmo sol a iluminar minha jornada, minha vereda.  

Nos anos que viriam, cada um com seu fardo, sua encrenca,  

Eu seria a soma das estações, o outono de minha própria lenda.


Em oitenta e três, os computadores eram um sonho,  

Mas as palavras já teciam sua mágica, seu risonho.  

Como se soubesse, ainda no berço, com olhos inocentes,  

Que a linguagem seria meu templo, e os textos, meus componentes.


Cada 26 subsequente, um marco, um ano a mais na estrada,  

Outubro sempre retornando, como um velho amigo, sem fachada.  

E nesta data, revivo o início, o primeiro sopro, a primeira jornada,  

Agradecendo por cada ciclo, cada lição, cada manhã iluminada.


Gratidão ao Programa Em Paz

Em um espaço de ouvir e aprender, Corações abertos, prontos a entender. Supervisão que guia, acolhe e reflete, Um farol que ilumina o ca...