sexta-feira, 5 de maio de 2023

A Tapeçaria de Amizades no Mês de Maio


Maio chega com suas cores, uma tela em plena criação,  

No teatro dos dias, os amigos são os atores, num ato sem repetição.  

Cada encontro, um fio nessa tapeçaria de relações,  

Em bares, em festas, em simples ou complexas conversações.


Cada amigo é uma cor, única em sua tonalidade,  

Alguns são como o sol, em sua quente simplicidade.  

Outros são como a lua, em sua silente profundidade,  

Juntos formam o desenho, dessa minha realidade.


Há amigos de longa data, testemunhas do meu percurso,  

E novos companheiros, abertos ao meu diverso universo.  

Há aqueles que aparecem, só quando o dia é adverso,  

Mas os verdadeiros são clarões, no meu mais escuro verso.


Em salas de estudo, em projetos da UFNT,  

Encontrei novos laços, cada um com sua moral.  

Essas amizades, tecidas em cada detalhe casual,  

Compõem minha história, em seu traço mais pessoal.


Maio, então, é um quadro, um mosaico de rostos e nomes,  

Numa tapeçaria de amizades, sem prantos ou renomes.  

Cada fio é um laço, cada nó é um encontro de fomes,  

De pertencer, de entender, neste mundo de fantásticos tomes.


terça-feira, 4 de abril de 2023

Projetos e Sonhos


Neste solo fértil de Araguaína, onde florescem saberes,  

Continuo como professor, de novos sonhos portadores.  

Mas também como preceptor, à novos talentos apoiadores,  

Nos corredores da academia, onde brotam futuros sabedores.


Em salas de aula eu transito, e o papel agora é duplo,  

Professor e mentor, guiando novas gerações de estudantes.  

Cada trabalho que oriento, como um fruto bem maduro,  

Vem com o frescor das novas ideias, e o peso dos anos de antes.


Mas nem sempre foi assim, saibam que tropeços também são chão,  

Goiânia me ensinou, que o não é às vezes preparação.  

Para algo maior, mais puro, que só em outra estação,  

Será colhido, será vivido, será parte da canção.


Projetos vêm e vão, mas ficam os laços, ficam as mãos,  

Que teceram cada linha de pesquisa, cada estudo, cada ação.  

E com cada concurso, a minha jornada ganha outra dimensão,  

A ampliar horizontes, a desafiar cada nova convicção.


Neste ano de retorno e renovação, sou grato por cada passo,  

Cada aula e projeto, cada preceito, cada abraço.  

O bom filho à casa retorna, e aqui eu deixo um rastro,  

De conhecimento e experiência, neste ciclo que eu abraço.


sexta-feira, 3 de março de 2023

Um Ano de Mil e Uma Coisas: Crônicas de 2023


Em duzentos e setenta dias, quanta vida se desenrola,  

Neste ano de mil e uma coisas, cada hora uma escola.  

Das chuvas de janeiro ao sol de setembro, um rolo de aquarela,  

Crônicas de 2023, num diário de novela.


Realizei tantos feitos, tracei metas, risquei planos,  

Desde as salas de aula até as estradas do Tocantins, sem enganos.  

Em julho de vitórias, mestre fui em Porto Nacional,  

A academia meu reino, de amizades um arsenal.


Viajei por terras distantes, com minha esposa a me acompanhar,  

Rodovias e horizontes, numa fita a se desenrolar.  

Norte, sul, leste e oeste, todo canto um lar,  

Em cada parada, um pedaço de mim a ficar.


Retornei ao divã, à terapia, ao silêncio que fala,  

Onde cada palavra é um mapa, cada pensamento uma escala.  

Reencontrei a gratidão, nos olhos, no gesto, na fala,  

Em cada ser e evento, uma graça que nunca embala.


É uma tapeçaria rica, com fios de sonho e real,  

Em cada entrelaço, uma crônica, em cada cor um sinal.  

E neste ano de mil e uma coisas, que seja um festival,  

De lições e bençãos, um alquímico ritual.


quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

Retorno à Terapia: Um Caminho de Autodescoberta


Fevereiro se foi, e o ano enfim começa,  

Para nós, brasileiros, é quando o tempo aquece.  

Carnaval terminado, realidade nos endereça,  

Nesse mar de dias, um norte me apetece.


Retorno à terapia, divã de introspecção,  

Onde cada palavra é semente em solo fértil.  

Desabafo e escuto, nessa troca de atenção,  

Páginas do meu ser, um livro semiaberto.


Março me acolhe, com suas chuvas e clares,  

Nas sessões semanais, um diálogo comigo.  

Às vezes dolorido, às vezes como ares,  

Mas sempre necessário, um amigo e abrigo.


No espelho do terapeuta, vejo novas faces,  

E assim me reconstruo, tijolo após tijolo.  

Longe dos julgamentos, dos mundanos azares,  

Aqui sou livre, numa troca sem jogo.


Recomeço o ano com o mais sábio dos olhares,  

O olhar para dentro, onde moram meus segredos.  

Em cada sessão, descubro novos itinerários,  

Traço novas rotas, longe de antigos medos.


E por isso sou grato, a este espaço sagrado,  

De cura e crescimento, de ser e de estar.  

Neste ano de mil e uma coisas, já bem traçado,  

Retorno à terapia, meu farol, meu altar.


domingo, 1 de janeiro de 2023

O Renascer de Resoluções: O Primeiro Semestre na Escola Norte Goiano


No alvorecer deste ano, senti meu ser renovar,  

Resoluções adormecidas, acordaram a cantar.  

Na escola Norte Goiano, minh'alma pôs-se a labutar,  

Nas salas e corredores, fiz meu sonho despertar.


Trabalhei e suei a camisa, cada gota um grão de sal,  

No jardim de esperanças, cada esforço é um pedestal.  

Desenvolvi projetos, tracei metas sem igual,  

No quadro negro da vida, desenhei meu ideal.


Alunos e colegas, cada rosto uma lição,  

Na dinâmica do ensino, uma orquestra em gestação.  

Cada aula uma nota, cada prova uma canção,  

Na sinfonia do saber, fiz vibrar meu coração.


Semestre se encerrou, como pôr-do-sol no velho Goiás,  

No céu da minha jornada, deixou rastros e sinais.  

Aplausos e desafios, degraus em meus anais,  

Com o diploma da experiência, encerro meus festivais.


E assim, neste primeiro ato do meu ano em evolução,  

Agradeço à escola Norte Goiano, minha estação.  

Por cada aula e projeto, por cada ampliação,  

De horizontes e sonhos, na alma e na razão.



segunda-feira, 14 de abril de 2014

O dia em que Araguaína me acolheu

Fonte da foto: @nossaaraguaina 

Na estação de Araguaína, abril derramava luz,  

E o poeta chegou, carregando versos e uma cruz.  

O ar era de terra e céu, de Cerrado e de sonho,  

Um novo capítulo em folhas de papel rústico e tristonho.


As rodas do ônibus gritaram no asfalto,  

Como o primeiro verso de um poema sem salto.  

Lá estava ele, com a mala pesada de rimas,  

Procurando o endereço onde plantaria suas primas.


O calor tocantinense abraçou sua pele,  

E na feira da cidade, ele viu a cena que repele.  

Mangas e jatobás, frutos do chão que agora é seu,  

O mercado, um poema, que ao olhar seu, cresceu.


Pelos corredores da UFT, andou em busca de saber,  

Mas as melhores lições, ele sabia, vinham do viver.  

Nas salas de aula e nos bares, versos ele espalhava,  

Em cada encontro e copo, uma estrofe ele talhava.


Abril se despediu, mas o poeta ficou,  

Em Araguaína, uma raiz que ele lançou.  

Na terra do Tocantins, entre o real e o abstrato,  

Ele se tornou parte da paisagem, e isso é um fato.


Em abril de 2014, Araguaína ganhou mais do que um homem,  

Ganhou versos e rimas, ganhou um novo idioma.  

E sempre que abril retorna, com seu calor e sua brisa,  

Celebra-se o dia que trouxe o poeta, uma data precisa.

domingo, 12 de dezembro de 2010

De Sonhos e Navios: A Travessia de Um Aprendiz ao Velho Mundo


Após um mês de espera, eis que soa a convocação,  

Meu nome em letras douradas, meu novo panteão.  

O avião rumo ao Velho Mundo corta céus e ventos,  

Levo no peito a terra, mas também novos alentos.


Chego para a abertura de um cruzeiro de sonhos,  

O Disney Dream, onde cada conto se entrelaçará.  

Um mundo flutuante, um palco de mil e um tons,  

Mas antes, o continente europeu minha alma abraçará.


O frio gélido me envolve, um abraço de bem-vindo,  

Treinamentos infindáveis, uma escola sem fim.  

Das salas de aula para cidades de nomes compridos,  

Papenburg, Bremenhaven, na Alemanha assim.


E então a neve, um espetáculo nunca visto,  

Cada floco um sonho, uma lágrima de cristal.  

Um milagre silencioso, uma tela sem imprevisto,  

Minha primeira vez a vê-la, um encontro celestial.


O navio é batizado, um ritual de promessas e desejos,  

Nesta embarcação de contos, dois anos e meio serei.  

Entre personagens e mágicas, recrio meu antigo beijo,  

A cultura, o idioma, tudo novo que agora verei.


Mas apesar da magia, um exílio em mim persiste,  

Longe do sertão, da terra, das raízes que fui feito.  

Neste novo mundo, uma parte de mim ainda existe,  

Um eco do Brasil, o calor em um lugar perfeito.


E assim, nas águas e ares de uma nova vida,  

Escrevo este poema como crônica, testemunha.  

De como fui do sertão para a Europa, sem medida,  

Uma travessia de sonhos, onde cada dia é uma unha.


Gratidão ao Programa Em Paz

Em um espaço de ouvir e aprender, Corações abertos, prontos a entender. Supervisão que guia, acolhe e reflete, Um farol que ilumina o ca...