Parti da minha terra, na canoa de papel,
Veio a maré da vida e me lançou ao léu.
Mas nas águas do destino, um novo farol no céu,
O cerrado acendeu sua luz, um mistério fiel.
Oh, como anseio pelas vozes que lá ficaram,
Pelas melodias do vento, pelas chuvas que falaram.
Mas cada nova amizade, cada sorriso que ganhei,
São novas canções, ecos de vitórias que eu sei.
Nas noites de Goiânia, ouço os tambores do meu passado,
Mas também a guitarra do agora, o ritmo acelerado.
A saudade canta em mi menor, um acorde arrastado,
Mas a conquista ressoa em sol maior, o tom do agrado.
O sertão e o cerrado, dois cenários, um só ator,
Eu recito meus versos, com saudade e com fervor.
Se por um lado a ausência me marca como um estigma,
Por outro, a presença me dá a certeza do enigma.
Neste poema, a saudade e a conquista se enfrentam,
Como dois corais em harmonia, eles se complementam.
Os ecos do que foi e os cantos do que será,
Unidos na sinfonia da vida, onde eu sou a voz que está.
Espero que este sexto poema também tenha capturado a complexidade das emoções e experiências que definem uma vida entre duas terras. Gostaria de saber o que você acha.